O INSS anunciou que irá devolver em maio os descontos considerados ilegais, aplicados em abril nas aposentadorias. A medida surge após a deflagração de uma operação da Polícia Federal que investiga um esquema de desvios que causou um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões.
A operação, denominada "Sem Desconto", apura a realização de descontos associativos não autorizados de aposentados e pensionistas, levando à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Segundo o INSS, todas as cobranças futuras foram suspensas, dispensando os segurados de qualquer ação ou necessidade de contato com a instituição. As cobranças passadas serão analisadas individualmente.
A Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal estão investigando o caso, que envolve diversas entidades, incluindo Contag, Sindnapi e outras associações.
O escândalo dos descontos não autorizados expõe mais uma faceta da corrupção que, infelizmente, ainda assola o país. A atuação firme da Polícia Federal e a imediata resposta do INSS são passos importantes para mitigar os danos causados aos aposentados e pensionistas, muitos dos quais já enfrentam dificuldades financeiras.
É crucial que as investigações avancem e que os responsáveis por este esquema sejam punidos exemplarmente. A devolução dos valores é um alívio, mas a busca por justiça e a garantia de que tais crimes não se repetirão devem ser prioridade.
A lista completa das entidades sob investigação inclui: Contag; Sindnapi; Ambec; Conafer; AAPB; AAPPS Universo; Unaspub; APDAP PREV (antiga Acolher); ABCB/Amar Brasil; CAAP, e AAPEN (antiga ABSP).
*Reportagem produzida com auxílio de IA