Presidente da Assembleia Legislativa o deputado Max defende voto secreto e rebate Fábio após derrubada de veto dos mercadinhos nos presídios

Max Russi (PSB), rebateu as declarações do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), sobre a votação que derrubou o veto do governador Mauro Mendes ao funcionamento de mercadinhos em presídios do estado.

Por Tribuna de Várzea Grande em 10/04/2025 às 19:54:04

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), rebateu as declarações do chefe da Casa Civil, FĂĄbio Garcia (União), sobre a votação que derrubou o veto do governador Mauro Mendes ao funcionamento de mercadinhos em presĂ­dios do estado.

FĂĄbio criticou o fato de a votação ter ocorrido de forma secreta, afirmando que a população tem o direito de saber como vota cada deputado. Max, no entanto, saiu em defesa do voto secreto, previsto no regimento da Assembleia.

    "O regimento prevĂȘ voto secreto, e eu defendo isso. Essa anĂĄlise [do FĂĄbio] é equivocada. Se o voto fosse aberto, vetos nunca seriam derrubados. Como se derruba um veto com 22 deputados na base do governo? Nunca. O voto secreto é essencial para a democracia, pois permite contrariar a base e votar a favor da população. Caso contrĂĄrio, a maioria das votações vai sempre seguir a orientação do governo", afirmou o presidente da ALMT.

      Max ainda destacou que o voto aberto pode servir como ferramenta de controle polĂ­tico sobre os parlamentares. Para ele, o sigilo do voto garante a liberdade de decisão dos deputados sem interferĂȘncias externas.

      "Não concordo [com essa visão]. A liberdade do parlamentar estĂĄ no uso de um instrumento legal. Essa discussão parece bonita por fora, mas a realidade é outra. Se eu fosse o governador, também iria querer que o voto fosse aberto, porque com o poder da mĂĄquina, influĂȘncia polĂ­tica e negociação de emendas, a pressão seria muito maior. Com o voto secreto, essa pressão não acontece", completou Max.

      A fala de FĂĄbio ocorreu nesta quinta-feira (10), após a votação que derrubou o veto do governo estadual ao artigo que permitia a manutenção de mercadinhos em unidades prisionais. Ao todo, 13 deputados votaram pela derrubada e 10 pela manutenção do veto.

      FĂĄbio declarou que, se o voto fosse aberto, os deputados "teriam vergonha" de apoiar a liberação dos mercadinhos nos presĂ­dios.

      "O governo tinha uma posição clara, deixou isso claro, mas a Assembleia Legislativa tem independĂȘncia, e cada deputado tem a sua. Pena que o voto foi secreto. Tiveram 13 deputados estaduais que decidiram votar e apoiar os mercadinhos. Poderiam perguntar para os 24 deputados quem votou pela permanĂȘncia dos mercadinhos, eu duvido que vão aparecer os 13 nomes", afirmou.

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